Uma das principais queixas de pacientes com obstrução nasal crônica e roncos é a presença de “carne esponjosa” no nariz . De fato, o termo “carne esponjosa” no nariz gera algumas confusões, sendo confundido também com outras causas de obstrução nasal como por exemplo o aumento de cornetos nasais em pessoas com rinite.

Afinal, o que é carne esponjosa?

Por definição, o termo “carne esponjosa” no nariz é utilizado para designar a presença de adenóide ou tonsila faríngea na região posterior do nariz. Popularmente, a adenóide é denominada como carne esponjosa pelo seu aspecto lobulado semelhante a uma esponja. Consiste em uma massa de tecido linfóide, que, juntamente com as amígdalas palatinas, apresenta função imunológica local.

Especialmente em algumas crianças após os dois anos de idade, a adenóide ou carne esponjosa pode crescer em demasia e causar obstrução das vias aéreas superiores. Esse processo é denominado de hipertrofia ou hiperplasia adenoideana. Normalmente, o pico de crescimento do tecido linfóide adenoideano na infância ocorre até os 7-8 anos de idade. Após, a adenóide tende a involuir até a fase adulta. No entanto, alguns adultos permanecem com a adenóide aumentada no nariz. Nessa situação, é importante também o diagnóstico diferencial com tumores nasais.

Hipertrofia de adenoide (vista lateral ou perfil)

Quais os principais sintomas da carne esponjosa?

  • Respiração oral
  • Roncos
  • Apnéia obstrutiva do sono
  • Tosse irritativa
  • Infecções de repetição (adenoidites, amigdalites, sinusites, otites)
  • Alterações craniofaciais devido a respiração pela boca (exemplo: protrusão dos dentes superiores e retração do queixo).

Diagnóstico

Além da história clínica , a investigação diagnóstica em pacientes com carne esponjosa é feita através da sua visualização direta através da videonasofibroscopia . Exames de imagem como a Tomografia computadorizada e a Radiografia de cavum também são valiosos no diagnóstico .

Tratamento

O tratamento da hipertrofia adenoideana depende do grau de obstrução da rinofaringe e da história clínica de cada paciente. Geralmente, a cirurgia é indicada em pacientes com sintomas persistentes em que o tratamento medicamentoso não foi eficaz.

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Dr. Eduardo Garcia – Otorrinolaringologista CRM-SP 127.022

Dr Eduardo Garcia

Sobre Dr Eduardo Garcia

Médico Otorrinolaringologista CRM 127.022 RQE 33799

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