Faringites e Amigdalites

Definição

Faringoamigdalites (Faringites e Amigdalites) são doenças inflamatórias e infecciosas envolvendo faringe, tonsilas palatinas (amígdalas) e tonsilas faríngeas (adenóides). De fato, constituem um dos distúrbios mais freqüentes no cotidiano do médico otorrinolaringologista, manifestando-se na maioria das vezes com febre e dor de garganta.


As tonsilas palatinas (amigdalas) são massas de tecido linfóide localizadas lateralmente na orofaringe . A tonsila faríngea esta localizada acima e atrás da garganta na região da rinofaringe.  Ambas constituem o maior acúmulo de tecido linfóide na região da via aérea superior, funcionando como filtros para agentes infecciosos e ajudam o sistema imunológico a produzir anticorpos ficando expostas a um grande número de ermes diferentes.

Classificação

As faringoamigdalites podem ser divididas em: agudas (quase sempre relacinadas a um processo infeccioso agudo) ; crônicas ( geralmente relacionadas às formas obstrutivas por aumento das amígdalas e formação crônica de cáseo); recorrentes (definidas como a ocorrência de 5 a 7 infecções em 1 ano ou 4 infecções por ano em 2 anos consecutivos).

Faringoamigdalite Viral ou Bacteriana?

A maioria das faringoamigdalites agudas (75%) são de origem viral, sendo os principais : influenzae A e B, parainfluenzae 1, 2 e 3, echovírus, paramyxovírus, adenovírus, vírus Epstein-Barr (mononucleose), Herpes vírus e coxsakie vírus. Geralmente a duração do quadro é de 3 a 7 dias. Os pacientes apresentam em geral um quadro de infecção de vias aéreas superiores, com dor de garganta, febre baixa, congestão nasal, coriza e lacrimejamento.

As faringoamigdalites agudas bacterianas têm como principais causadores o Streptococcus ß-hemolítico do grupo A, Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus e associação fuso-espiralar. Os sintomas são mais intensos que na infecção viral, com importante dor de garganta, ínguas no pescoço, febre por um período mais duradouro e podem trazer complicações como abscessos, febre reumática, problemas nos rins, no coração e septicemia. O tratamento é com antibiótico, anti-inflamatórios e anti-térmicos. Nos casos recorrentes, a literatura tem enfatizado a associação polimicrobiana como agente causador.
Na amigdalite crônica caseosa pequenos grãos (cáseo ou caseum) são expelidos das amígdalas, esses grãos são resíduos de alimentos que se acumulam nos orifícios das amígdalas chamados de criptas. Provoca mau hálito e constantemente são confundidos com pús e infecções.

Tratamento

Nas doenças virais o tratamento é feito com antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios, além de muita hidratação. Quando há infecção bacteriana associa-se antibióticos. Na amigdalite caseosa é orientado gargarejos para evitar o acúmulo de resíduos nas amígdalas. O tratamento cirúrgico (amigdalectomia)  pode ser indicado para alguns casos de amigdalites bacterianas de repetição, crises com formação de abscesso na garganta e amigdalites caseosas que não melhoram com as medidas preventivas.

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Dr. Eduardo Garcia – CRM 127.022 – Otorrinolaringologista