A epistaxe é definida como o  sangramento originário da mucosa das fossas nasais, sendo causada  por inúmeros fatores, locais ou sistêmicos. É  uma afecção comum na prática médica, sendo considerada uma das principais emergências otorrinolaringológicas. Estima-se que aproximadamente 60% da população apresentam pelo menos um episódio de epistaxe durante a vida.

A epistaxe afeta todas as idades, sem predileção por sexo. Ocorre mais frequentemente no inverno, em virtude das alterações climáticas (baixa umidade relativa do ar e baixas temperaturas), que levam a uma maior fragilidade da mucosa nasal.

Aproximadamente 90% dos sangramentos nasais têm origem na região anterior do septo nasal e são mais frequentes em crianças e adultos jovens. Geralmente são fáceis de serem controlados, raramente evoluindo com complicações.

Já os sangramentos posteriores, apesar de menos comuns, são mais graves. São mais prevalentes em idosos, necessitando frequentemente de medidas invasivas para o seu controle. Em cerca de 24% dos casos necessitam de transfusão sanguínea.

Entre as principais causas de epistaxe estão:  gripes, sinusites, traumatismos, corpos estranhos, alterações da coagulação do sangue, hipertensão arterial descontrolada, entre outros.

Diversos tratamentos têm sido propostos com o objetivo de controlar a epistaxe, com base em sua localização, na etiologia do sangramento e na experiência do médico.

O tratamento da epistaxe pode ser feito na maioria dos casos através da cauterização química do vaso sangrante com nitrato de prata ou ácido tricloroacético. Na presença de sangramento ativo difuso ou não localizado ou após falha na cauterização, recorre-se ao tamponamento nasal.

Orientações gerais, como repouso, colocação de gelo, compressão digital, compressa fria no nariz, evitar banho e alimentos quentes, evitar medicações derivadas de AAS e não tomar sol, são fornecidas a todos os pacientes com epistaxe, independentemente do tratamento realizado.

Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).

Dr. Eduardo Garcia
CRM-SP 127.022

 

 

 

Dr Eduardo Garcia

Sobre Dr Eduardo Garcia

Médico Otorrinolaringologista CRM 127.022 RQE 33799

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