A doença do refluxo gastresofágico (DRGE) pode ter diversas manifestações, inclusive na garganta, levando ao que hoje chamamos de Refluxo Laringofaríngeo (RLF). Nesse caso, além dos sintomas dispépticos (azia, pirose e queimação) pode haver também sintomas na via aérea superior tais como tosse, pigarro, rouquidão, irritação e sensação de bolo em garganta. Muitos pacientes com doença do refluxo não apresentam queixas de estômago típicas, apresentando apenas sintomas na garganta, boca e até mesmo nariz.
Nas crianças o RLF pode trazer problemas respiratórios mais variados como ruído respiratório, bronquite, infecções recorrentes de via aérea superior, baixo ganho de peso além de tosse e rouquidão.
Pessoas de todas as idades podem sofrer de RGE ou RLF. Muitas causas estão implicadas, a maioria ligada ao estilo de vida e a condições anatômicas. Hérnia de hiato, contrações anormais do esôfago e esvaziamento lento do estômago são exemplos de alterações físicas ou anatômicas. Hábitos relacionados à dieta (chocolate, gordura etc), obesidade, uso abusivo de bebidas alcóolicas e cigarro também estão relacionados ao refluxo. Nos bebês, o refluxo normalmente é causado pela imaturidade dos esfíncteres do esôfago, o que costuma se resolver após um ano de idade.
Diagnóstico
Em adultos o diagnóstico do refluxo é feito com base no relato dos pacientes e muitas vezes com uma prova terapêutica (tratando-se e avaliando-se o resultado). Em casos selecionados alguns exames complementares podem ajudar, coma a nasofibrolaringoscopia, a endoscopia digestiva alta e pHmetria.
Tratamento
A maioria dos pacientes portadores de refluxo têm bom resultado com o tratamento clínico, baseado na mudança de alguns hábitos alimentares e no uso de medicamentos, como anti-ácidos, bloqueadores da bomba de prótons e pró-cinéticos.
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Dr. Eduardo Garcia
CRM-SP 127.022