Você já ouviu falar no tubinho de ventilação? Trata-se de um minúsculo dreno colocado na membrana timpânica através de um procedimento chamado de Timpanotomia.
O objetivo básico desse procedimento é promover a ventilação do ouvido médio, compensando o mal funcionamento da tuba auditiva (trompa de Eustáquio), situação frequente em indivíduos com otites de repetição e acúmulo de secreção permanente dentro do ouvido.
Como é feito o procedimento?
A Timpanotomia para colocação de tubo de ventilação pode ser realizado tanto em adultos quanto em crianças . O procedimento é realizada através do próprio canal do ouvido (conduto auditivo externo) preferencialmente com o paciente sob anestesia em ambiente cirúrgico. Com o auxílio de um microscópio, o cirurgião faz um pequeno orifício na membrana do tímpano e, então, “encaixa” o tubo de ventilação neste espaço. Mais recentemente, a técnica endoscópica tem sido empregada para a realização do procedimento.
Tipos de tubo de ventilação
A diferença básica entre os diferentes tipos de tubo de ventilação é o tempo de permanência na membrana timpânica. Assim, podemos dividir os tubos de ventilação em dois tipos básicos : os de curta duração e os de longa duração
Os tubos de ventilação de curta duração (tipo Sheppard por exemplo) são menores e costumam permanecer no tímpano de seis meses a um ano, sendo os mais utilizados na prática clínica. Após este período, ele é “expulso” pelo ouvido para a região do conduto auditivo externo, quando é retirado pelo médico (em geral, no próprio consultório).
Já os tubos de ventilação de longa permanência, por terem bordos maiores , podem permanecer presos na membrana timpânica por longos períodos. Podem também serem expulsos da membrana timpânica e cair por conta própria. Em certos casos, são permanentes e sua remoção deverá ser realizada por um médico otorrinolaringologista.
Quem precisa colocar o tubo de ventilação ?
Entre as principais indicações para a realização da timpanotomia para colocação do tubo de ventilação estão:
- Otites médias serosa ou com efusão (“catarro”) que não melhoram com o tratamento clínico.
- Diminuição da audição ou perda auditiva do tipo condutiva pela presença de fluído na orelha média. (especialmente em crianças).
- Infecções recorrentes do ouvido (otites médias agudas de repetição).
- disfunção da tuba auditiva, mesmo na ausência de secreção no ouvido médio, quando o paciente apresenta sinais e sintomas persistentes , que não melhoram com tratamento clínico. Os sinais e sintomas incluem perda auditiva (geralmente flutuante), desequilíbrio/vertigem, zumbidos ou bolsa de retração timpânica severa.
Como é após o procedimento?
O pós operatório da timpanotomia costuma ser indolor e o paciente deve permanecer em repouso por alguns dias. O acompanhamento com o médico otorrinolaringologista nesse período deve ser periódico. Atividades aquáticas como banhos de piscina e mar costumam ser desencorajadas, evitando risco de infecções no ouvido e expulsão precoce do tubinho. Mesmo que o procedimento seja bem sucedido, poderão ocorrer em alguns casos pontuais complicações pós cirúrgicas como infecção, cicatrizes no tímpano e expulsão precoce do tubo de ventilação.
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